Esqueci como era ser criança


Vou começar esse texto dizendo que, talvez, algum de nós ainda não se deparou com um sentimento verdadeiro, genuíno, ou não nos lembramos que um dia ele se passou por nós.

Somos todos portadores das legítimas emoções, já nascemos com elas e muitas vezes carregamos por longo período da vida, mas infelizmente somos ensinados que demonstrá-los é coisa exclusiva de criança. E como queremos ser bem "parecidos" com adultos (como se houvesse uma parâmetro ideal para maturidade) oferecemos a porta de saída para que elas se afastem de nós.

Nossos pequeninos manifestam com tanta naturalidade a sutileza de cada sentimento, oferecendo a todo momento, a qualquer pessoa, sem distinção. Entregam, gratuitamente, uma dose dessa pureza através de um beijo, num olhar, em um abraço, na fala, num sorriso, em meio às brincadeiras e até num simples aperto de mão.

Particularmente, adoro registrar esses momentos que recebo dos meus filhos, porque me paralisa essas demonstrações espontâneas de amor. Me derreto quando as mesmas veem acompanhadas de palavras que não existem no dicionário (rsrs), aliás, não existe no dicionário formal porque em nosso dicionário familiar todas as palavras são bem-vindas! Por aqui adoramos "inventar" vocábulos que não existem!

Pra encerrar, não importa se o termo pertence ou não a nossa língua, o interessante é ter sensibilidade para captar a mensagem vinda através de cada fala, gesto e olhar de nossas crianças e que possamos ser cada vez mais parecidos com elas em nossas manifestações de amor.

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