Onde mora a felicidade?
Passei anos procurando por essa tal felicidade e mal sabia que todos os caminhos que eu a procurava, ela lá não estava.
Como eu a procurei...
Não me orgulho em dizer que a busquei nas pessoas, nos bens materiais, nas noitadas, em uma conta bancária recheada, entre tantas outras coisas.
Cheguei a pensar que ela não era de fato pra mim, que eu não havia nascido pra ser feliz. Até a comparei com aquele desenho animado, Tom e Jerry, quanto mais eu corria atrás dela, mais ela corria de mim.
E sabe uma coisa? Eu desisti... Cansei de tentar alcançá-la, desisti definitivamente de ser feliz.
E quando menos esperei ela sutilmente veio até a mim, e me mostrou que ela não está na largada, ela é o caminho, o caminho que não tem uma linha final de chegada, que não é uma corrida desenfreada.
Delicadamente se mostrou nos pequenos e mínimos detalhes.
Apareceu no abrir dos meus olhos ao acordar, no cheiro do café que eu tinha acabado de coar, no abraço verdadeiro, no sorriso de uma criança, no vento que sussurrava em meus ouvidos, no canto dos pássaros, no beija-flor que me visitava toda manhã, na gota do orvalho, na chuva, no silêncio, no ronronar do meu gato, no bom dia que eu ganhava do porteiro e até nas crônicas que eu havia acabado de escrever.
Mas também me deixou uma grande lição, que eu não ia de ser feliz todo dia não.
E com um jeito simples de ser, me ensinou que a felicidade não está em ter, está simplesmente em ser.
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