Sou turista na minha própria cidade



Esses dias saí turistando na minha própria cidade, na verdade faço isso com frequência e aproveito para olhar cada detalhe, sentir cada lugar como se nunca tivesse ido ali.

Tenho meus locais preferidos, onde busco inspiração e renovação.

E foi em uma noite de insônia, em plena madrugada que visitei um dos meus lugares favoritos e relato abaixo o presente que minha cidade me deu.

Nas margens da lagoa, na escuridão da noite nada se ouvia apenas se via.

O brilho das luzes dos postes da cidade refletiam nas pequenas ondas que se faziam naquelas águas.

A lua cheia, na sua maior dimensão abrilhantava aquela noite escura.

O silêncio tomava conta daquele lugar, dando espaço somente para os estalos dos beijos dos enamorados que ali estavam presentes.

Podia se ver, ao longe, os faróis de alguns carros que percorriam do outro lado da margem da lagoa.

As inúmeras árvores contribuíam para deixar o ambiente mais fresco e com direito a uma leve brisa.

As sombras, o percurso, a lagoa, os enamorados, as luzes dos postes, tudo, tudo era banhado por aquela noite de lua cheia.

E quem diria que é possível encontrar silêncio, aconchego e paz em meio a escuridão de uma cidade grande?

E eu ali sozinha, observava e me nutria de todo aquele espetáculo vindo por todo lado.

Espetáculo oferecido pela natureza, pelo afeto vindo dos casais e de toda aquela cena sendo absorvida pela minha mente.

Saí dali renovada e agradecida por ter sido escolhida, entre milhões de pessoas, para assistir cenas que nunca mais irão se repetir e que dentro de mim jamais irão se diluir.

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