Depressão


Depressão é uma doença silenciosa, ela não escolhe raça, classe social, homem ou mulher, adulto ou criança, crente ou ateu.

Ela chega sem avisar, não tem sequer a decência de enviar uma carta avisando da sua estadia.

É tão vaidosa e cheia de si que não gosta de ser desprezada.

Ai de quem se atreve a ignorá-la!

Ela chega a ser cruel, até que sua presença seja notada.

Tem o dom e a malícia de fazer o hospedeiro se sentir o pior dos seres humanos, de levar toda esperança e alegria para um buraco beemm fundo e completamente escuro.

Às vezes sua crueldade passa dos limites, bagunça tanto a mente das pessoas a ponto de fazer acreditar que é o fim, e algumas delas acabam dando cabo da própria vida.

Verdade que tem dias que ela, a depressão, não é tão valente assim, dá uma trégua para seu hospedeiro.

Acredito que ela se compadeça do sujeito e chega a abrir uma pequena fresta na porta de saída.

Aaahhh, se ela tivesse aberto essa porta enquanto ainda me restava forças para caminhar ou ao menos rastejar... Juro que iria bater em retirada!

Não sei ao certo o porque a danada da depressão se senti tão poderosa ao formar reféns e acomodá-los todos ao seu ninho.

Adjetivos seriam fáceis de serem pontuados: cruel, vaidosa, perversa, assustadora e tantos outros iriam caber para descrever tamanha covardia o que a depressão faz com o ser humano.

E como não se bastasse tudo que ela apronta, ainda tem o tiro de misericórdia. Arranca sem dó nem piedade toda dignidade de quem a possui levando assim ao estado terminal e dando fim à toda história de uma vida...

Vida essa que poderia ser a minha, a sua, de um conhecido, de um parente ou amigo.

Por isso não julguem quem quer que seja que esteja passando por momentos como esse, tenha compaixão, tenha sempre uma palavra de carinho e um abraço aconchegante.

E torça para que você não seja a próxima vítima.

Postagens mais visitadas deste blog

Um domingo qualquer

Maturidade

Outros sons